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Como Vencer as Crises de Solidão do Poder

Atualizado: 8 de mai. de 2020

Por Wanderlei Passarella - Diretor Executivo na Synchron & Celint


Como Vencer as Crises de Solidão do Poder

Em algum ponto da vida profissional, tanto de executivos, acionistas ou empresários, as dúvidas sobre o caminho a trilhar ou sobre a adequação de sua equipe de trabalho ou ainda sobre sua própria postura frente às questões do dia a dia levam a certa crise na carreira profissional, que certamente impactam os resultados do negócio.

Muitas vezes esse profissional não tem com quem trocar ideias de alto nível, dado o caráter sigiloso de suas preocupações. Até certo ponto, empresários e executivos de grandes empresas podem contar com a ajuda de grupos de apoio mútuo, tais como os já difundidos “Encontros de Presidentes” organizados por diversas empresas especializadas. Nesses casos, a busca de participação nesses grupos se dá pela necessidade de neutralizar o isolamento provocado pela grande responsabilidade dos executivos principais. Embora suas equipes sejam de alto nível, eles acabam “confiando, desconfiando”.

Mas, há um tipo de solidão com implicações um pouco maiores do que apenas encontrar um ouvido amigo para ajudar a clarear rumos de ação. Há o caso emblemático do empreendedor que se tornou empresário. Esse isolamento, todavia, não acontece em relação ao seu pessoal, mas sim em relação às práticas empresariais e, especialmente, em relação à sua própria visão e cultura. Via de regra, o seu time cresceu junto com ele, e a visão conjunta é enublada pelo paradigma do que deu certo no passado. Em algum momento o limite de competência do conjunto aparece e, normalmente, na forma de uma crise que se reflete em um desgaste relacional, ou na incapacidade de superar os resultados alcançados anteriormente. Instala-se um ciclo vicioso!

Nesse caso, que prognóstico pode ser aplicado para solucionar essa crise de solidão do poder? Isso é o que temos feito, por intermédio da Synchron, há mais de três anos. A solução para esse tipo de crise de solidão do poder passa por quatro etapas bem definidas, sempre com a ajuda de alguém de fora da empresa, com suficiente experiência, ampla formação e credibilidade para executar a tarefa de agente de mudanças:

1. Mentoria: o primeiro passo é alinhar as expectativas e compreender as angústias de quem se isolou no poder. É preciso clarear as causas e consequências de determinados pressupostos e comportamentos. E resolver dissonâncias entre o que este profissional vem praticando e o que a ciência administrativa (no bojo das ciências humanas e das melhores práticas consolidadas) indica como prescrição de curso de ação.

2. Desenho de uma Intenção de Desenvolvimentos: a etapa anterior, de diagnósticos, é seguida de uma etapa de prognósticos. Juntos, mentor e profissional devem traçar um plano de desenvolvimentos, tanto pessoal (para ajudar no crescimento profissional do empresário) como empresarial (as áreas de enfoque para as mudanças construtivas). No âmbito empresarial, usualmente as áreas de desenvolvimento estão nos contornos da estratégia, na melhoria da liderança (trabalho em equipe, práticas em relação ao ambiente motivacional etc.), no redesenho da cultura e sistemas, e nas questões de saúde financeira dos negócios.

3. Conselho Consultivo: a instalação de um Conselho é o passo lógico seguinte. A Intenção de Desenvolvimentos traçada precisa ser compreendida, discutida e aceita, com correções, por todos os principais executivos da organização. Durante a etapa anterior de elaboração da Intenção de Desenvolvimentos, os principais envolvidos em sua execução já precisam participar e opinar nos prontos críticos, mas a proposta final cabe ao mentor consolidar. E a sua continuidade dependerá de um Conselho imbuído da vontade de partilhar a governança da corporação. Mais de um profissional externo é recomendado nesses casos.

4. Execução: a etapa final é o acompanhamento da execução de tudo o que foi delineado como Intenção. A utilização das ferramentas de gestão de projetos é particularmente útil para a cobrança e acompanhamento do Conselho Consultivo. Outras questões de relevância para o futuro e o bom andamento dos negócios devem ser trazidas para a tomada de decisão neste fórum especializado.

Muitas empresas, de pequeno e médio porte, necessitam de processos como esse resumido aqui em quatro etapas. Se seus dirigentes-fundadores soubessem dos resultados, e da vantajosa relação custos/benefícios de tal prática, não hesitariam em procurar implantá-la. Fica aqui a nossa dica, respaldada por diversos casos em nosso portfólio Contate-nos para apresentarmos nossas experiências de implantação bem sucedida.

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