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AMERICANAS E BRASILEIRAS

Foto do escritor: CELINTCELINT

Por Wanderlei Passarella - Founder & Chairman no CELINT


Fonte: site Curiozzo

Quem se lembra das Lojas Brasileiras? Pois eu me lembrei hoje, enquanto refletia sobre o caso das Lojas Americanas, tão debatido recentemente em todas as mídias, e não é pra menos...


Vi três artigos que trouxeram análises interessantes: um deles mencionando que a Americanas se concentrou muito no ESG, particularmente no E e no S, e não cuidou do G...


Outro artigo mencionava que as empresa ligadas ao 3G Capital, acionistas de referência das Americanas, já utilizaram contabilidade criativa onde eles detém o controle ou uma participação importante, sendo um tipo de vício de origem...


Um terceiro dizia que poderia se abrir uma nova era para a Governança das empresas no Brasil, com maior rigor e profissionalismo.


Em todos, noto que o foco da questão é colocar a Governança como a responsável pelo controle dos riscos aos acionistas minoritários. O que é correto. Mas, temos que refletir, isso é verdade apenas para as empresas de capital aberto, que somam um pouco mais de 400 empresas no Brasil.


Por isso me lembrei das Lojas Brasileiras. Lembrei-me, por tabela, da realidade brasileira. Temos por volta de 400 empresas de capital aberto, porém centenas de milhares de empresas de capital fechado.


O que significa Governança para essas outras empresas?


Para estas, a Governança tem um foco muito maior em estratégia e talentos e pouco na questão dos riscos e compliance. Faz sentido, porque é assim que se cria mais valor para esse universo de empresas.


Chamamos esse tipo de governança de "construtivista". Enquanto a governança que foca em maior controle e supervisão dos executivos e dos acionistas controladores é a chamada governança "formalista".


Compreender bem a diferença entre ambas é crítico para atuar como Conselheiro, pois a chance de ser Conselheiro em uma empresa de capital fechado, quase sempre de controle familiar, é muitas e muitas vezes maior do que numa de capital aberto.


Um Conselheiro completo precisa entender os dois tipos de Governança, aprender sobre riscos e compliance.


Mas, ouso afirmar, para atuar bem no Brasil e conseguir impactar as empresas de capital fechado, em Conselhos Consultivos ou em "Advisory Boards", é preciso se aprofundar muito mais na visão "construtivista".


Fonte: Passarella, W. "Conselheiro de Empresas - o que você precisa saber para uma carreira promissora - Alta Books, 2022. Veja o livro aqui.






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