top of page
Foto do escritorCELINT

OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS?

Por Wanderlei Passarella - Founder & Chairman no CELINT


O mundo viu, estarrecido, à prisão de Elizabeth Holmes, fundadora da Theranos, nesta semana. Ela foi considerada a bilionária mais jovem dos EUA e cometeu, segundo a a justiça, uma das maiores fraudes da história.


Opinion: Why venture capitalist believes Elizabeth Holmes should be freed

A fundadora da Theranos, recebeu uma sentença de 11 anos de prisão por fraude e conspiração envolvendo a empresa, uma startup de saúde que chegou a ser avaliada em U$ 9 bi e que entrou em colapso após a revelação de que a principal tecnologia oferecida pela empresa era, na verdade, uma grande mentira.


Holmes vendeu aos investidores que o Edinson - um equipamento do tamanho de um computador pessoal, inventado pela Theranos - era capaz de fazer mais de 200 exames de forma rápida com apenas uma pequena quantidade de sangue. A promessa levou a companhia a levantar mais de U$ 700 milhões e a valer U$ 9 bi. Tudo, porém, não era concreto. O "The Wall Street Journal", entre 2015 e 2016, expôs como a tecnologia da empresa não funcionava e como a empresa tentou encobrir as falhas.


Nesta reportagem abaixo, porém, Tim Drapper, um venture capitalist, alega que ela deveria ser inocentada, pois os empreendedores realizam um grande serviço à humanidade quando imaginam soluções novas e quando projetam um futuro que eles querem alcançar. Há um risco inerente nisso. Os melhores empreendedores, segundo Drapper, tem uma visão distorcida da realidade e isso faz parte de sua natureza para alcançar grandes feitos.


A questão, a meu ver, envolve apenas um questionamento: os fins justificam os meios? Ao lançar uma nova empresa com uma promessa há um risco de não funcionar. Mas, ao descobrir que não funciona, alguém pode prorrogar essa informação para que a empresa continue tentando? Pode esconder, deliberadamente, que não consegue realizar o que prometeu?


Isso envolve um dos quatro pilares da Governança, que é a "transparência". Também o pilar "responsabilidade". Veja esses pilares em meu livro "Conselheiro de Empresas": https://lnkd.in/dPkKP4sQ. Elizabeth falhou em ambos. Por outro lado, pode ter dado um passo gigantesco para termos exames laboratoriais mais automatizados e simples, abrindo um campo novo para outros continuarem o que ela começou. Mas, tentou meios ilegítimos para conseguir seu fim. O que você acha?


CELINT - Centro de Estudos em Liderança e Governança Integrais






2 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page