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Governança Corporativa em Empresas Familiares

Atualizado: 8 de mai. de 2020

Por Wanderlei Passarella - Diretor Executivo na Synchron & Celint


Artigo | Governança Corporativa em Empresas Familiares

O objetivo da implantação de Governança Corporativa em Empresas Familiares é encontrar uma forma de evoluir o negócio destas empresas, seja em busca de melhor lucratividade, de sucessão, de crescimento ou mesmo em situações proativas, para preparar o terreno para futuros vôos maiores.

Etapas Típicas: 1. Encontrar um Caminho (Visão) 2. Elaborar o Modelo de Governança 3. Desenhar o Sistema de Estratégia & Gestão 4. Colocar para Funcionar

1. Encontrar um Caminho (Visão): Por meio de uma série de reuniões com diversos stakeholders. Pesquisas de mercado e pesquisas contextuais com clientes podem ser necessárias. Algumas possíveis etapas:

1ª) Levantamento de Dados 2ª) Visões e Intenções 3ª) Definição de Pontos Comuns e Divergentes 4ª) Apresentação de Diagnóstico 5ª) Consenso sobre Solução/Visão

2. Elaborar o Modelo de Governança: O modelo de Governança será a forma como os sócios irão interagir com as decisões e resultados periódicos do negócio. A Synchron pode elaborar o “modus operandi” da Governança em algumas fases:

a) Elaboração do “modus operandi” b) Apresentação aos sócios em reunião conjunta c) Eventuais Acordos de Acionistas e Protocolos de Entendimentos

3. Desenhar o Sistema de Estratégia & Gestão: Nesta etapa a Synchron poderá elaborar uma ou duas alternativas para endereçar a questão de operação futura do negócio. A partir da Visão (Etapa 1) e do Modelo de Governança (Etapa 2), desenha-se a Estratégia (futuro desejado e como chegar lá), a Estrutura viável necessária e o Sistema de Gestão.

4. Colocando para Funcionar: A partir deste momento, a Synchron poderá atuar como mediadora para a instalação de um Conselho Consultivo ou outra solução de Governança que tenha sido escolhida nas etapas anteriores.

"Reflexões Conceituais"

A Governança Corporativa para Empresas Familiares baseia-se em três pilares:

  • Empresa

  • Família

  • Propriedade

Normalmente, quando se fala em Governança, pensa-se no pilar “Empresa” e em aspectos de Gestão. O que, em muitos caos, é apenas um dos pontos. Talvez, mais importante seja o pilar “Família”. Como ressaltado na literatura sobre o tema, família forte implica em empresa forte. Infelizmente o inverso também é verdade, uma família com problemas pode destruir a empresa em pouco tempo, como mostram inúmeros casos nacionais e internacionais.

A questão de Governança também pode ser resolvida por intermédio de uma ação no pilar “Propriedade”. Mas, se o desejo dos acionistas é não alterar a relação de propriedade, seja pela venda do negócio, de parte dele ou a entrada de novos sócios estratégicos, então o trabalho deveria se voltar para estabelecer relações produtivas entre a “Família” e a “Empresa”.

Mas, que relações são essas? Em primeiro lugar, a relação da “Família” consigo mesma. Em segundo lugar a relação da “Família” com a “Empresa”. E, em terceiro lugar, a relação da “Empresa” consigo mesma (Gestão). Qualquer projeto que não contemple essas três relações não poderá trazer os melhores frutos.

A “Família” consigo mesma diz respeito aos acordos e protocolos que devem ser trabalhados e firmados, procurando realçar valores fundamentais do negócio, normalmente herdados do fundador. Ele estabelece guias para a boa convivência e fortalece os laços fundamentais. Esse passo é crucial.

A “Família” com a “Empresa” visa regular como deverão ser as influências dos membros no processo empresarial. Quem poderá trabalhar, como poderão ser remunerados, como ficará a situação das futuras gerações, que objetivos familiares estarão refletidos em relação aos resultados obtidos pelo negócio e etc. Essas condições poderão estar englobadas num documento mais amplo (que também fala da “Propriedade”) chamado Acordo de Acionistas.

Finalmente, a “Empresa” consigo mesma, trata sobre o aprofundamento da Gestão. Estabelece as melhores práticas para evoluir o negócio em si, tais como uma visão e planos estratégicos, orçamentos, estruturas de recursos humanos, cultura empresarial, lideranças a serem estabelecidas e outras práticas relevantes.

Um projeto de transformação construtiva de uma empresa começa com uma série de entrevistas individuais com acionistas e gestores. Exatamente para buscar os termos comuns para ser construído um consenso sobre o que se pode trabalhar nesses três pilares fundamentais, assim elaborando uma boa Governança Corporativa em uma empresa tipicamente familiar.


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