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TI e RH nos Conselhos de Administração?

Atualizado: 8 de mai. de 2020

Por Wanderlei Passarella - Diretor Executivo na Synchron & Celint

Artigo | TI e RH nos Conselhos de Administração?

Um caminho claro que estão tomando os Conselhos de Administração (e os Conselhos Consultivos) é o da profissionalização de seus membros.

Profissionalização de um Conselheiro é quando este se dedica a esta atividade prioritariamente ou exclusivamente. Desta forma, ele fica além dos independentes (os que não têm vínculos com as organizações em que atuam em todos os sentidos, inclusive no sentido monetário, por não dependerem da remuneração conseguida em uma única empresa) e se tornam vetores de disseminação de boas práticas para diversas outras empresas.

Nesse novo cenário já não se pensa exclusivamente em profissionais oriundos das funções de CEO (Presidente Executivo) ou CFO (Diretor Financeiro).

A demanda por determinada atividade principal que foi exercida pelos Conselheiros, enquanto na carreira executiva, começa a se abrir para outras especialidades como RH - Recursos Humanos (Gente & Gestão) ou TI - Tecnologia da Informação (Transformação Digital), cujas experiências se tornaram cruciais para a estratégia de longo prazo de qualquer negócio.

A diversidade que se busca hoje nos Conselhos das empresas está também voltada para os setores de atividades originais distintos entre os Conselheiros (embora sempre seja necessário pelo menos um Conselheiro com experiência profunda nos setores de atividade dessas empresas), equidade de gênero e diferentes personalidades (contanto que todos saibam discutir confrontando ideias e não os egos...).

Por último, vale ressaltar que um Conselho efetivo não é apenas aquele que tem membros com diversidade nesses quesitos listados, mas também aquele que não replica no andar de cima o que existe no andar de baixo, ou seja, não é o objetivo ter no Conselho profissionais oriundos de cada área funcional (Marketing, Finanças, Operações, etc.). Isto deve acontecer apenas no Board Executivo. O Conselho precisa ter uma visão mais ampla dos negócios e cada Conselheiro será chamado a discutir e decidir por questões de um amplo espectro. Assim, apesar da abertura nos Conselhos para profissionais cujas experiências principais foram RH, TI e outras áreas funcionais, é preciso que estes profissionais tenham no seu histórico experiências também ligadas a negócios e administração geral. Fica aqui a dica para quem deseja se preparar para a carreira de Conselheiro.

Novos tempos exigem novas posturas para se conseguir novos e melhores resultados!

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