Por Wanderlei Passarella - Founder & Chairman no CELINT
Evoluir as práticas de um Conselho Consultivo demanda dos Conselheiros o que chamo de “cuidar do criador e da criatura”. Já se deparou com isso?
Pois a principal razão de um Conselho não engrenar, em empresas familiares ou de um dono só, é a falta de cuidado que os Conselheiros podem acabar tendo em trabalhar os aspectos humanos, as ideologias e medos dos familiares e fundadores.
Mas, sempre me perguntam, isso não deveria estar no âmbito da psicologia ou da terapia familiar?
Pois essa é a falácia. A maioria não quer ou não acredita nisso. Além do mais, um Conselho é o local de alta confiança, que só é adquirida pela empatia desenvolvida nessa arena. Não há como escapar de se adentrar nesses aspectos humanos.
Outro dia, num Conselho, nos deparamos com o seu principal acionista praticamente “rasgando” as recomendações que os Conselheiros (alguns familiares e outros independentes) traziam à mesa.
O que fazer? Bater o pé? Espernear? Desistir?
Pois o que fizemos foi começar tudo de novo. Por um ponto anterior ao que estávamos começando. A função exige resiliência e capacidade de compreender as razões mais escondidas para comportamentos não esperados.
Ajudar uma empresa com decisões técnicas e bem fundamentadas é a meta. Mas, antes disso, está o conjunto de crenças, valores e paradigmas daqueles que devem incorporar essas decisões.
Sem atuar nesse front, nada acontece. Ser um Conselheiro em
plenitude exige mais competências do que pode imaginar a nossa vã filosofia!!!
Em frente, se preparando adequadamente para trabalhar da forma certa para os objetivos corretos!!!
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