Por Wanderlei Passarella - Founder & Chairman no CELINT
A atividade de Conselheiro é vocacional. Quer saber por quê?

Muitos acreditam que basta cursar um programa para Conselheiros e as portas vão se abrir para a atuação em um Conselho. Mas a realidade não é bem essa.. Primeiro porque não basta a formação. É preciso a experiência em visão geral de negócios, a habilidade em lidar com acionistas e membros de família e a maturidade de encarar situações paradoxais com resiliência e criatividade.
Em segundo lugar, a atividade demanda a capacidade de se dedicar a uma causa, aquela de lutar pelo sucesso de um empreendimento em longo prazo, apesar das contradições e idiossincrasias dos fundadores e dos acionistas que lideram o negócio. E fazer isso sabendo que não é dono da verdade e prestando um verdadeiro respeito ou admiração pela obra que estes construíram.
E, por último, apesar da possibilidade de uma boa remuneração por hora trabalhada, em média, haverá momentos em que isso não ficará tão patente. A dedicação vai demandar sua boa vontade para continuar e lutar de forma isolada por certos movimentos importantes. Apesar disso, em algumas empresas você será olhado meio de lado, como alguém que compete pelo pool de salários dos executivos que se dedicam full time ao negócio.
Por tudo isso, exercer a função de Conselheiro, em empresas de capital fechado (na sua maioria familiares) é como um sacerdócio. É preciso habilidades aprendidas e adquiridas com uma longa experiência em alta gestão em empresas, mas também uma vocação, algo que fale mais alto em seu íntimo, como um sacerdócio.
Está se sentindo habilitado para tal missão???
Avante!
Comments