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DIÁRIO DE UM CONSELHEIRO – 9 - LIDANDO COM AS RESISTÊNCIAS

  • Foto do escritor: CELINT
    CELINT
  • 18 de jun.
  • 2 min de leitura

Por Wanderlei Passarella - Founder & Chairman no CELINT


Havia várias famílias, de muitas gerações, nesse Grupo. Mas, os fundadores, especialmente a mais velha, não estavam plenamente convencidos do valor de ter um Conselho com profissionais independentes.


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A empresa era um conglomerado de grandes negócios muito bem-sucedidos e posicionados no mercado, com resultados excelentes e caminhando para ser centenária.


As reuniões de Conselho eram breves e com quase nenhuma deliberação. Tudo era resolvido nos bastidores, durante as reuniões de diretoria, ou na própria sala desta fundadora mais velha, que também era a Chairperson.


A solução que encontramos, como Conselheiros interinos, voltados exclusivamente para evoluir as práticas de Governança do Grupo, foi elaborar uma pauta de mudanças reduzida, com poucos pontos que eram mais palatáveis.


O que, aparentemente, era um consenso entre todos, aos poucos se mostrou que iria mexer com paradigmas estabelecidos, abrir informações e desnudar aspectos que não interessavam muito serem abertos. Talvez, o ponto mais nevrálgico, e mais preocupante, era ter que passar a lidar com as divergências de opinião e de interesses de uma ampla gama de sócios e herdeiros.


Poucos desses pontos foram implantados. Os mais importantes, porém, ficaram no meio do caminho e, um deles, até retrocedeu. O que fazer numa situação dessas?


Em grande parte das empresas familiares e multifamiliares o processo é assim mesmo. Após alguns passos para a frente, outros passos para trás são quase inevitáveis. A partir daí, entra a habilidade política e a capacidade do Conselheiro de se conectar emocionalmente com a ampla maioria, especialmente com os renitentes, vencendo as resistências e criando agendas mais adaptadas.


A palavra-chave é resiliência. Mas uma resiliência com dois componentes: um componente “elástico”, ou seja, é preciso envergar com o vento e voltar ao local de origem. E outro componente “plástico”, ou seja, se conformar com uma situação, como um ferro se adapta aos ser dobrado.


Faz sentido isso? Como sempre digo, avante! Pois o mundo dá muitas voltas...






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