Por Wanderlei Passarella - Founder & Chairman no CELINT
DISCUSSÕES SEM CONCLUSÕES
E quando as reuniões do Conselho terminam em grandes discussões, emocionais, acaloradas e com finais abruptos e desconcertantes… o que fazer?
Eu era o único conselheiro externo independente, em meio a cinco irmãos de uma mesma família e outros profissionais da própria empresa. Fui responsável por estruturar a Governança e sentia que lá estava uma das últimas tentativas para que esses irmãos se entendessem e a empresa pudesse começar a deslanchar.
Frente às constantes discussões sobre temas menores que terminavam em briga, minha única alternativa era começar um processo de conversas estruturadas com cada um para encontrar os pontos de convergência e começar a construir os consensos encima deles. Sem isso a Governança seria natimorta.
Essa foi a primeira atitude. Outra, que se seguiu a essa, foi negociar um Pacto entre eles. Um Pacto de como deveriam se comportar nas reuniões, para que elas pudessem ser conclusivas.
Fiz esse pacto por escrito e todos assinaram. A partir de então, as reuniões foram escrutinadas para rodarem dentro das regras dessa nova “constituição”.
Aos poucos, o ambiente se desanuviou e conseguimos decidir sobre as coisas importantes e que deram uma grande contribuição na geração de valor.
O papel do Conselheiro em empresas familiares extrapola as questões estratégicas e de conteúdo técnico. Adentra, muitas vezes, para a maestria em questões comportamentais e relacionais. Sem essa competência, Conselheiros podem se ver atolados em um redemoinho confuso que não leva a nada!
Prepare-se constantemente para atuar com excelência nas empresas familiares e ajudá-las em sua transformação construtiva e perenização adaptativa. Invista naquilo que está além do senso comum!!!
CELINT - Centro de Estudos em Liderança e Governança Integrais
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