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O que faz um conselheiro consultivo de empresas?

Carreira está em ascensão no mercado, impulsionada, entre outros motivos, pelo aumento da demanda por ESG nas companhias

Artigo | O que faz um conselheiro consultivo de empresas? Por Wanderlei Passarella
Entrevista com Wanderlei Passarella - Diretor Executivo no CELINT

A carreira de conselheiro consultivo de empresas ganhou destaque nos últimos tempos. A necessidade de se adequar aos princípios ESG (Environmental, Social and Governance) tem feito as companhias – mesmo familiares ou de capital fechado – investir na formação de conselhos administrativos ou consultivos.


De acordo com uma pesquisa feita pela consultoria internacional Korn Ferry, a participação de membros independentes em empresas brasileiras está crescendo gradativamente ao longo dos anos, passando de 39%, em 2014, para 60% no ano passado. O porcentual é até maior do que dita a regra do Novo Mercado, de um conselho que tenha, no mínimo, dois conselheiros independentes ou 20% do total de assentos.


Segundo Wanderlei Passarella, diretor executivo do CELINT, um Centro de Estudos que fornece formação e capacitação para futuros conselheiros, diz que o consultor consultivo é uma espécie de diretor independente, que ajuda a dirigir e controlar a empresa como um todo. “Ele traz uma visão de helicóptero ou de oversight, opinando no processo decisório das questões mais importantes da companhia”, explica.


Neste escopo inclui-se processos estratégicos, avaliação de líderes, compliance, questões regulatórias, entre outras. “Normalmente, não são assuntos nos quais é preciso apagar um incêndio”, ressalta.


Ao contrário de um conselheiro de administração, que faz parte do contrato social da companhia, o conselho consultivo não tem esse tipo de vínculo. Porém, na visão de Passarella, ele se comporta como um conselheiro de administração. “Ele se reúne com os fundadores, acionistas e os demais membros que compõem o conselho cerca de uma a duas vezes ao mês, e atua como alguém que consegue entregar muitas contribuições”, destaca o diretor do CELINT.


Por estar de fora do dia a dia da organização, o conselheiro consultivo consegue enxergar coisas que ficam no ponto cego de quem está dentro da rotina da companhia, segundo Passarella.


Outro ponto positivo do conselheiro consultivo é o currículo dele que devemos levar em conta. “Ele traz uma bagagem de muitos anos como executivo ou em atividade relacionada à consultoria de outras empresas. Essa experiência acumulada acelera o desenvolvimento da companhia”, enfatiza o diretor do CELINT.


A profissão de conselheiro consultivo está em ascensão. Algumas iniciativas de grandes empresas jogaram mais luz no assunto. Recentemente, o Banco Pan contratou o apresentador Luciano Huck para ser conselheiro consultivo da instituição.


Mas não é preciso ser famoso para se tornar um conselheiro consultivo. Passarella diz que, no ano passado, foi consultado por vários headhunters que ainda não atuavam com vagas para conselheiros consultivos que estavam em busca de ajuda. “Segundo o acompanhamento de alguns deles, o mercado de conselheiros consultivos cresceu cerca de 30% no último ano”.


O diretor do CELINT destaca ainda que há cinco anos, os headhunters não conheciam nada sobre o mercado de conselheiros consultivos. Com o surgimento das vagas, estão tendo que ir atrás de conhecimento.



Por Diário do Comércio

Publicado originalmente em: https://diariodocomercio.com.br/negocios/carreira-de-conselheiro-consultivo-esta-em-ascensao-no-mercado/



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