Por Wanderlei Passarella
Quando chegamos nessa empresa, nós, Conselheiros, identificamos que ela simplesmente não tinha um fluxo de caixa que pudesse otimizar o processo de vendas, compras e aplicações financeiras. Milhões estavam sendo desperdiçados e eram de fácil realização... a empresa não sabia que podia fazer diferente e melhor. Sem citar nomes, este é mais um exemplo de como uma visão externa trazida por Conselheiros preparados traz resultados rápidos.
Por que alguns Conselhos Consultivos em empresas familiares simplesmente não decolam?
Os Conselhos estão se tornando uma das principais formas de se trabalhar a transformação construtiva de uma empresa. Profissionais qualificados com visão externa, experiência acumulada, bagagem sobre processos de negócios bem estabelecidos, capacidade de visualizar estratégias e caminhos diferenciados e adequados para as diferentes realidades empresariais contribuem de forma decisiva para o processo decisório das empresas onde atuam, e sobrepujam uma zona cinzenta de questões não resolvidas pelos integrantes do corpo executivo dessas empresas, normalmente um misto entre familiares e profissionais contratados.
Porém, todos sabemos que a cultura come a estratégia no café da manhã. Idiossincrasias e mindsets estabelecidos impedem que decisões brilhantes sejam executadas. Então a primeira área de ataque dos Conselhos deveria ser as pessoas? Aqui está uma falácia... se, por um lado, as pessoas são as formadoras da cultura impeditiva de evoluções estratégicas, as pessoas são também as principais estruturas cristalizadas com as quais acionistas e familiares estão acostumados...
A saída são os “quick wins”. Áreas mais técnicas onde os conselheiros podem navegar com certa abertura, ganhar a confiança ao longo do tempo e, enfim, realizar as mudanças estruturais e culturais necessárias.
Aqui está o pulo do gato. Quais são esses pontos? São aqueles ligados ao direcionamento, ao plano orçamentário, aos projetos e iniciativas que trazem resultados econômico-financeiros mais imediatos e aos controles que normalmente são relegados a terceiro plano e revelam áreas de drenos e de ganhos quase instantâneos. Após uma fase de reparações, ao redor de um a dois anos, o caminho estará aberto para as mudanças de maior envergadura. São estes os pontos que mais trabalhamos no nivel 1 de nossa certificação ConCertif.
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Por Wanderlei Passarella
Chairman & CEO no CELINT e
Conselheiro Certificado Internacional (ProDir®/CCAe/ConCertif®)
Publicado originalmente em: https://www.linkedin.com/posts/wanderlei-passarella_empreendedores-empresaerrios-executivos-activity-6902164330201038848-SSwx
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