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SE EU PUDESSE DAR APENAS UM CONSELHO, ATÉ A MIM MESMO, ESTE SERIA

Por Wanderlei Passarella - Founder & Chairman no CELINT


“Saiba ganhar, sem se perder e aprenda a perder, ganhando a si mesmo”

Na minha vida tive grandes perdas. E ainda as tenho, assim como tive boas vitórias e ganhos. Faz parte. Não somos apenas ganhadores, como alguns "influencers" tentam nos mostrar como seu padrão de vida... São perdas e ganhos que podem ser aleatórios, por sorte ou azar, também por descuido ou perspicácia e, ainda, por negligência ou competência. Assim somos nós, humanos.


Não somos preparados para perder. Usualmente não aprendemos a tirar proveito da perda, como um aprendizado e lição de humildade, de significado e de inteligência emocional/espiritual. Simplesmente queremos ignorar isso. Queremos adicionar, sempre, vitórias, bens, posições, saúde e títulos. O que simplesmente não é possível...

Mas são as perdas que trazem as lições mais valiosas, nos dão fibra, nos mostram a dimensão do outro e de uma inteligência maior, superior, soberana e independente. Aceitar as perdas, e dar a elas significados, nos despertam para quem somos de fato.

Os ganhos deveriam ser encarados como etapas de nosso caminho, como sendo mérito de todos que contribuíram para eles e como uma etapa passageira de nossa trajetória. Eles não podem nos cristalizar na mente a ideia de “superior”, de merecedor inconteste, embora nossa luta deva ser valorizada. Se não fizermos desta forma, os ganhos nos farão perder à nossa essência e vamos nos ver sempre executando um papel, algo que nos prende, nos faz temer o vazio. Perderemos à nós mesmos e à nossa simplicidade construtiva.

O psicólogo espanhol Joan Garriga utiliza sua experiência terapêutica para nos mostrar em “A chave para uma boa vida” como é possível abraçar dores e perdas com a mesma alegria com que abraçamos a vitória.

Será que esta máxima é mesmo a chave para uma vida bem vivida e plena? O que acha? Qual é a sua ideia?


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