Por Wanderlei Passarella - Founder & Chairman no CELINT
Sabe quando foi que ouvi esta frase de um empresário bem sucedido?
Estava em uma reunião de Conselho, como um dos Conselheiros Consultivos de um colegiado de quatro externos independentes mais o empresário, que também exercia a função de CEO. Ele era o único que assinava pela empresa.
Estávamos discutindo a performance de um de seus diretores. Nós, Conselheiros externos, chegamos a um veredicto unânime sobre este: não dava pra ele continuar na empresa. Mas, o empresário não se conformava com essa hipótese. Ele dizia que, apesar da sua má performance, ele era indispensável, pois dominava uma técnica essencial para a empresa.
Foi aí que ouvimos no final de nossas conclusões: vocês decidem e eu que vou pagar o pato? Ficarei na mão sem alternativas…
E o que aconteceu? O diretor permaneceu. Nós, Conselheiros ficamos frustrados? Sim, mas isso faz parte na vida de um Conselheiro Consultivo, sem a formalização de seu poder decisório em um estatuto social: ter a compreensão de que haverá momentos em que o poder do controle falará mais alto!
Todo Conselheiro Consultivo deveria saber que está ali para tomar decisões, mas que, quem tem a caneta, deverá corroborar por inteiro o que for decidido, o que requer uma extrema confiança e o conforto com a linha de decisão. E não há nada de ruim nisso, este empresário tinha sua razão: se desse errado, as consequências cairiam todas em seu colo…em outros momentos poderia ficar mais claro o que seria o melhor rumo de ação, cabendo aos Conselheiros aguardar e trabalhar pela clarificação plena dessas implicações na hora certa.
Ser um Conselheiro Consultivo tem suas especificidades caracterizadas por dois grupos muito claros de conhecimentos: técnicas científicas comprovadas, mas também atitudes e comportamentos diferentes dos requeridos para a vida executiva. Não dá pra exercer essa função sem se aprofundar nesses dois pilares!!!
Avante!
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